domingo, 1 de fevereiro de 2015

Décima alegoria

Meu amigo das noites do meu dia-a-dia
Meu companheiro que aprecio tanto
Ouve o som das palavras desta melodia
Que ela te anime e te arrefeça o pranto
São meras palavras, é fumo a pairar
Vago como ondas do mar
Mas o vento sopra no teu dia-a-dia
Que ele te leve fumos de alegria

Se a frieza da noite te emudece a alma
Sentes-te só no crepitar da gente
Se o deserto do medo te destrói a calma
É porque vives sob o sol poente
São meras palavras que eu tenho p’ra dar
Ténues como a cor do ar
Mas a vida pulsa no coração da gente
Que ela te leve até ao sol nascente

O orvalho é pregão que anuncia a manhã
Terna e pura como lã
E mesmo que a noite roube a tua alegria
Nunca adormeças ao raiar do dia

Sem comentários:

Enviar um comentário