domingo, 10 de maio de 2015

Décima segunda alegoria

Já não sei se é rima ou verso branco
O poema que eu construí
Com as folhas que vão deslizando
Sem destino, idade, hoje ou quando

Já não sei se é noite ou madrugada
Este sonho que eu descobri
Tão imenso, parece um deserto
Sem fronteiras, limite, longe ou perto

E o deserto
É um sorriso de criança
Onde ecoa o olhar da minha esperança

Já não sei se é sol ou lua nova
O sorriso que eu ensinei
Brando e leve como o trigo loiro
Mas tão rico, mais rico do que oiro

Já não sei se é sono ou despertar
A alegria que eu encontrei
Tão imensa, parece um deserto
Escaldante e de horizonte incerto

E o deserto
É um sorriso de criança
Onde ecoa o olhar da minha esperança

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